TIRE O SEU RACISMO DO CAMINHO QUE EU QUERO PASSAR COM A MINHA COR. Georges Najjar Jr

terça-feira, 30 de outubro de 2012

ARTE E CULTURA: E se o Brasil negro voltasse à África?


Com direção de Lázaro Ramos, Namíbia, não!, em temporada no Teatro da Caixa Cultural, põe em foco uma ordem (absurda) do Governo brasileiro que determina que os descendentes de africanos voltem todos à África
O ano é 2016, mas o assunto não é esporte. Esqueça as Olimpíadas. Na peça de Aldri Anunciação, em cartaz até domingo no Teatro da Caixa Cultural, o tempo ali é de grande polêmica. Por determinação do Governo, todos os brasileiros descendentes de africanos teriam obrigatoriamente que regressar à África. Com direção do ator Lázaro Ramos, Namíbia, não! põe em cena esse debate com muito humor e rigor, aguçando reflexões sobre as relações contemporâneas do Brasil com o seu passado africano. Na entrevista a seguir, Lázaro expõe seus posicionamentos e conclui: “Toda discussão que ponha em evidência a relação Brasil-África eu acho importante. Acho fundamental a gente pensar sobre as nossas origens”.
lazaro ramos O POVO – O que está em jogo nesse momento em que um ator consagrado como você assume o papel de diretor de um espetáculo?
Lázaro Ramos – Olha, eu já tinha tido algumas experiências como diretor, mas tudo em teatro infantil. Essa é a minha primeira direção para adultos, digamos assim. O engraçado é que nessa peça aconteceu algo muito particular. O Aldri Anunciação, autor do texto, que é meu amigo de muito tempo, me mostrou a dramaturgia e eu me identifiquei de cara. Mas não tive vontade nenhuma de fazer como ator e fui sincero com ele. Disse que via imagens muito fortes para aquele texto e que me interessava em dirigir. Então, essa experiência de direção não foi algo pensado, programado, foi algo natural e que me foi despertado pela própria peça. 
OP – E o processo que se seguiu foi todo assim, tão tranquilo?
Lázaro – Foi, sim. Eu estava rodeado de amigos. Estava voltando a trabalhar em Salvador, fazendo teatro novamente. Além do Aldri, que também está em cena como ator no espetáculo, tive a Ana Paula Bouzas como assistente de direção. Era uma festa. Agora, claro, nem tudo foi fácil, não. A montagem, por exemplo, nos obrigou a passar por um exercício doloroso de desapego. Do texto original para o texto que está em cena, fizemos um corte de nada menos que 26 páginas. Essa dificuldade, por maior que seja, é natural para quem está habituado com o teatro. Além disso, o espetáculo toca em questões que eu acredito muito como pessoa e como artista e isso acaba sendo o mais importante no correr do processo. 
OP – O que mais te encantou nesse episódio, a princípio absurdo, de o Governo brasileiro obrigar, de uma hora para outra, que os descendentes de africanos regressem à África?
Lázaro – A verdade. Eu não vejo esse fato que o espetáculo sugere como ficção. Para mim, isso tudo, por mais absurdo que pareça, pode, sim, acontecer. O espetáculo é absolutamente verdadeiro porque consegue mostrar um equilíbrio muito grande nessa discussão sobre identidade. Eu não acho que a identidade seja uma prisão. Por exemplo, entendo perfeitamente que tem uma África mítica que nos cega, uma África que também é estereotipada. Mas entendo também que é possível olhar para essa relação Brasil-África fora dessa questão da escravidão. Essa semana, vi uma frase no Facebook que concordo plenamente e acho que dialoga muito com esse espetáculo. Uma moça escreveu assim: “Eu não sou descendente de escravos, sou descendente de africanos escravizados”. Eu penso assim, mas esse é o meu jeito particular de pensar e viver minha identidade.
OP – O que o Lázaros Ramos faria se recebesse a ordem do Governo de deixar o Brasil e ir embora para a Namíbia?
Lázaro – Eu ia apanhar muito, viu. Ia apanhar porque não ia aceitar de forma alguma essa ordem do Ministério da Devolução. Eu sou brasileiro, amo isso tudo aqui, não sairia daqui de jeito nenhum!
OP – Uma coisa muito bacana do espetáculo é que esse debate é feito de forma muito leve. Falando, tentando imaginar essa situação, tudo pode parecer muito tenso, mas, no espetáculo, o humor se sobrepõe...
Lázaro – Exatamente. Esse foi o nosso maior desafio. Que humor trazer para essa cena? A gente não queria um espetáculo sisudo, mas também não queria um espetáculo cômico, em que o riso não promovesse nenhuma reflexão. Pelo contrário, a gente queria exatamente a reflexão. Uma coisa muito boa já veio com o texto. O Aldri não fez uma dramaturgia determinista, fechada. O fato de ser dois personagens com visão bem distintas em cena é muito interessante. Um que quer ficar no Brasil, outro que acha melhor reencontrar a África e ir mesmo para a Namíbia. Esse conflito, essa discordância, tem um potencial cômico muito rico.
OP – Que função você acha que esse tipo de debate cumpre?
Lázaro – Toda discussão que ponha em evidência a relação Brasil-África eu acho importante. Acho fundamental a gente pensar sobre as nossas origens. Mas essa leitura é muito minha. Eu sou negro, nasci em 1978, uma época de grande afirmação negra na Bahia. Eu nasci no ano de fundação do Ilê Aiyê, vivi num bairro de maioria negra, o Garcia... Fiz parte, durante muito tempo, de um grupo de teatro que tem na afirmação negra sua grande preocupação, o Bando de Teatro Olodum... Então, Namíbia, não!, de alguma forma, é a reafirmação de algo que venho dizendo não de agora, mas de toda a minha vida.
OP – Na TV, você está no ar na novela Lado a Lado também transitando por essas mesmas questões. Você diria que a televisão brasileira tem avançado nesse debate sobre a nossa negritude?
Lázaro – Eu acredito que nós negros ainda temos que enfrentar uma lacuna forte na direção e na dramaturgia... Faltam autores e diretores negros, com um olhar mais específico para essas questões todas. Mas vejo, sim, um avanço imenso no protagonismo. Eu estou falando com você depois de gravar cenas da Revolta da Chibata para uma novela das 18 horas! Isso é algo extraordinário! Claro, sempre é possível avançar, mas vejo com muita alegria o lugar do negro e das questões ligadas à negritude na televisão brasileira.
OP – Por fim, aproveitando que você mesmo identifica essa lacuna de diretores negros, queria saber dos seus planos de voltar a assumir esse papel.
Lázaro – Além de um desejo, a direção é um caminho natural que vejo na minha carreira. Eu quero muito dirigir teatro e não só teatro. Penso também em outras linguagens.

ESPORTE: Manchester United: Ferdinand quer criar Federação de jogadores negros


O defesa inglês pretende criar uma federação de jogadores negros para os proteger de atos racistas.
Toda ação provoca uma reação. Indignado com o crescimento do racismo no futebol, o zagueiro Rio Ferdinand pretende criar uma federação de jogadores negros como forma de proteção.
A informação do jornal Daily Mail diz ainda que o zagueiro do Manchester United já tirou do papel a intenção da fundação da federação, tendo o apoio de diversos companheiros de profissão que atuam na Inglaterra.
Logo de cara, a atitude visa frear a discriminação no país, sempre em polêmica com o racismo. Ferdinand já foi vítima. Recentemente, o ex-capitão da seleção inglesa, Johun Terry, foi multado e suspenso por racismo.
Está previsto para a próxima semana uma série de reuniões para oficializar a fundação da federação.
 Fonte: Abola 

RACISMO NO ESPORTE: Lilian Thuram em Lisboa contra o racismo

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Em 2008, após deixar os gramados, Lilian Thuram assumiu como objetivo a luta contra o racismo, através da criação da Fundação Lilian Thuram: Educação contra o racismo.
E é como presidente da instituição – que tem como pedra angular a assunção de que não nascemos racistas, mas tornamo-nos racistas – que o antigo internacional francês vai estar em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, no próximo dia 15 de novembro.
Além da apresentação do trabalho da fundação, o campeão do Mundo em 1998 e europeu em 2000 participará num debate com o público sobre as várias formas de racismo. 


RACISMO NA WEB: Rede sociais e o racismo nosso de cada dia


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A internauta do Rio de Janeiro Kenya Mayrink gerou revolta em centenas de pessoas no Facebook nesta quinta-feira após publicar o seguinte comentário: "#odeiocentrode qqcidade #odeioesselugar As vezes entendo o preconceito tem gente que devia permanecer no tronco ! Pessoas ignorantesssss ECA"(sic).

A postagem foi feita ainda na quarta-feira pelo telefone celular da moça, mas até o momento desta publicação mais de 180 pessoas já tinham utilizado a opção "compartilhar" para repudiar a postura da jovem.
Kenya também recebeu críticas por comentários postados abaixo da frase que gerou polêmica. Em resposta a uma delas, a jovem branca com terceiro grau completo disse não ter generalizado, mas que tem "pavor a ignorância" e que "infelizmente tem alguns negros que não podem mesmo ter nenhuma posição".
"E todos nós sabemos disso! Não sejamos hipócritas!!!, finalizou.
A reportagem do SRZD tentou entrar em contato com a internauta, mas não obteve resposta. Minutos depois da tentativa, o post foi apagado.
Após tomar conhecimento do caso pelo SRZD, o ex-ministro da Igualdade Racial e deputado federal Edson Santos (PT), emitiu uma nota de repúdio ao comentário da jovem. Ele reconheceu o avanço do diálogo sobre o tema no país, mas deixou claro que ainda há "um longo caminho pela frente" para resolver o problema.
"Casos como esta postagem nas redes sociais demonstram o quanto o racismo está arraigado no inconsciente das pessoas, que ainda se surpreendem ao verem negros em posse de bens ou exercendo funções mais destacadas no mercado de trabalho e na sociedade. Então, apesar de todos os avanços, ainda temos um longo caminho pela frente até alcançarmos uma situação equilibrada em termos de relações raciais no Brasil, na qual estejamos livres da discriminação racial e exista mais respeito à diversidade", diz trecho da nota.
Racismo prevê pena de até três anos de reclusão
Se enquadrada na Lei do Crime Racial (Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989), a atitude da internauta Kenya Mayrink pode resultar em reclusão de um a três anos e pagamento de multa.
O artigo 20 da lei citada acima diz que é proibido "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional".
 Fonte: SRZD

RACISMO NO MUNDO: Bolívia: órgão reprova programa televisivo por mensagens racistas

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A vice-ministra de Políticas Comunicacionais, Claudia Espinoza, informou esta segunda-feira (29) que o Tribunal Nacional de Ética Jornalística (TNEP) reprovou e deplora a conduta do programa televisivo "Alô Marianela", na cidade de Cochabamba, por emitir mensagens racistas e discriminatórias, seguido de uma denúncia apresentada pelo Ministério de Comunicação.
A autoridade disse que o programa "Alô Marianela", apresentado por Marianela Montenegro, "permite mensagens racistas e discriminatórias e isso tem se registrado com muita força, sobretudo, em relação ao presidente Evo Morales e também em relação a todas as pessoas que são da região serrana do país", razão pela qual foi apresentada a denúncia.
"Foram reunidas várias gravações que tínhamos deste programa e há alguns dias finalmente o Tribunal Nacional de Ética Jornalística emitiu sua decisão, que resolve o seguinte: Reprovar e deplorar a conduta jornalística de Marianela Montenegro no programa "Alô Marianela", transmitido nos canais 33 e 77 da cidade de Cochabamba nos dias 7, 15, 16 y 17 de agosto de 2012", mencionou em uma entrevista da Rede de Informação do Estado Plurinacional (RIEP), que se difunde pela mídia estatal.
Espinoza informou que a decisão do TNEP também recomenda que esse programa observe as disposições constitucionais legais e regulamentares que conduzem a atuação dos meios de comunicação social e a conduta de quem os utiliza.
Além disso, indica ao meio de comunicação que difunde o programa "Alô Marianela" exercer o dever constitucional de promover valores éticos, profissionais e cívicos.
"Para nós este é um precedente que deve ser levado em conta pelos meios de comunicação, pelos gestores e jornalistas de base", disse ao indicar que esse programa televisivo é o primeiro que recebe a atenção do TNEP pela "gravidade dos insultos e ofensas".
A vice-ministra de Política Comunicacional também informou que existem uma série de casos desse tipo, que se viola a Constituição e a Lei 045 contra o Racismo e a Discriminação. Revelou que nesses casos se encontram os jornais O Dever de Santa Cruz, Os Tempos de Cochabamba e a Rede Erbol, neste último onde "praticamente todos os dias encontramos um caso de manipulação ou de distorção informativa".
"Acreditamos que a liberdade de expressão é um direito, mas o direito à dignidade das pessoas está acima do direito à liberdade de expressão, portanto, não podemos justificar nenhuma mensagem que se emita por nenhum meio de comunicação que afete a dignidade das pessoas e, neste caso de "Alô Marianela", porque registra este tipo de delito", disse Espinoza.
Fonte: Vermelho

ESPORTE: 'Racismo é uma doença dos ignorantes', dispara holandês Gullit

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O ex-craque holandês Ruud Gullit compareceu nesta segunda-feira ao Terra para divulgar uma nova rede social. Durante sua visita, o ídolo do Milan discutiu sobre o momento atual do futebol europeu. Um aspecto abordado foi os casos recentes de racismo ocorridos contra jogadores negros no continente.
"Racismo é uma doença dos ignorantes. Quando a economia não está bem, a pessoa busca a culpa em outra pessoa. Na Europa nesse momento a economia não está bem, e o racismo ainda existe", explicou Gullit.
Na Inglaterra foi possível observar jogadores reclamando de ofensas preconceituosas, como as proferidas pelo atacante Luís Suárez e o zagueiro John Terry. Ataques contra jogadores negros também vêm ocorrendo a partir de torcidas no Leste Europeu.
Gullit falou também sobre o momento econômico ruim de alguns centros tradicionais da Europa, como seu próprio futebol holandês. O país conta com times com muita história em torneios internacionais, mas há anos não consegue resultados de expressão. Para o ex-jogador, o motivo é simples.

"Porque não temos dinheiro. Não se pode comprar jogadores de 30 milhões de euros. Não é questão de talento, os mais novos vão para o exterior. Os olheiros vêm e tiram os mais novos. Há holandeses que nunca jogaram na Holanda", apontou Gullit, que no caso da derrocada do futebol italiano vê outra razão.
"Não é só dinheiro, o problema da Itália também são os estádios. Um bom exemplo é a Juventus, que jogava em um estádio pequeno, e hoje em um estádio de oitenta mil. Tem um novo estádio, com facilidades, camarotes. Agora tem estádio cheio em todas as partidas. A equipe tem dinheiro e visão", considerou o holandês.
 Fonte: Terra

EDUCAÇÃO: Mais da metade dos inscritos para o Enem 2012 são negros



Dos mais de 5,7 milhões de participantes da edição deste ano do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 2,4 milhões se declararam pardos; 694 mil, pretos e 35 mil, indígenas. Os dados fazem parte de balanço divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pelo exame.
A distribuição por raças é um dos recortes previstos na Lei de Cotas, publicada há duas semanas. Os novos critérios terão de ser incluídos nas regras de seleção para universidades públicas por meio do Enem.
A nova lei obriga instituições federais de ensino superior a destinar progressivamente uma parte das vagas para estudantes que frequentaram todo o ensino médio em escolas públicas. O objetivo do governo é atingir o índice de 50% das vagas em quatro anos. Um dos fatores a serem considerados é a raça declarada pelo candidato.
As provas do Enem serão realizadas em 1,6 mil municípios de todo o país no próximo fim de semana (3 e 4 de novembro).
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A estudante Fernanda Brito Félix, 19 anos, conseguiu, no Enem de 2011, a vaga que buscava na Universidade de Brasília (UnB). Mas o curso possível não era o sonhado. Com o primeiro semestre de pedagogia garantido, a aluna decidiu participar, novamente, do Enem este ano, para tentar a transferência para o curso de direito.

"Só estudei em escola pública e as escolas públicas não têm capacidade alguma de preparar um aluno para um vestibular de universidade federal", disse Fernanda. Para ela, o Enem "acaba sendo uma chance", mas há dificuldades como a falta de preparo dos alunos no ensino médio. "A prova é cansativa e o aluno não tem essa preparação na escola ou conteúdo. O segredo é estudar muito."
A receita de quem já foi beneficiado pelo exame parece coincidir com as impressões de quem vai enfrentar a prova pela primeira vez. Aluna do último ano do ensino médio no Colégio Setor Oeste, escola pública de Brasília, Hyasmin Stephanye Leite se prepara para a prova desde janeiro. "Busco métodos na internet, em apostilas. Tenho estudado três horas por dia. Poderia ser mais, mas tenho inglês à tarde", contou.

Para Hyasmin, o colégio oferece a estrutura de que ela precisa. "Depende mais do aluno do que da escola. Não podemos nos comparar a alunos de escolas particulares, temos que nos comparar a nossa dedicação. Se você estuda, não é a escola que faz diferença, é o aluno que faz."
Os números do Inep também revelam que a maioria dos participantes do Enem 2012, que tem recorde de inscrições e participações confirmadas, é composta por mulheres. As brasileiras respondem por 59% das inscrições, com 3,4 milhões, enquanto os homens somam 2,3 milhões (41%).
O estado de São Paulo tem o maior número de inscritos, com 932,4 mil, seguido de Minas Gerais (653.074), da Bahia (421.731) e do Rio de Janeiro (408.902). Do total de inscritos, 4 milhões foram isentos da taxa de R$ 35 por serem alunos de escolas públicas ou pertencerem a famílias de baixa renda.
Enem
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado em 1998 pelo governo federal com o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim da educação básica. A partir de 2009, o teste passou a ser utilizado também como mecanismo de seleção para ingresso no ensino superior.

Neste ano, as provas serão aplicadas nos dias 3 e 4 de novembro, sábado e domingo, em todo o País, a partir das 13h (pelo horário de Brasília). No primeiro dia, o candidato resolverá as questões de Ciências Humanas e suas Tecnologias e de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, com duração de 4 horas e 30 minutos, contadas a partir da autorização do aplicador para início das provas. No segundo dia, serão realizados os testes de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, e Redação, com duração de 5 horas e 30 minutos, igualmente contadas a partir da autorização. O participante só poderá levar o caderno de questões ao deixar em definitivo a sala nos últimos 30 minutos. O gabarito tem divulgação prevista para 7 de novembro e os resultados, para 28 de dezembro.
Desde o dia 10 de outubro, os cartões de confirmação da inscrição contendo número de registro, data, hora e local de realização das provas, indicação de atendimento diferenciado e/ou específico, opção de língua estrangeira e solicitação de certificação (quando for o caso) estão sendo remetidos por via postal para o endereço informado pelo participante. As informações também estarão disponíveis no site http://sistemasenem2.inep.gov.br/. É obrigatória a apresentação de documento de identificação original com foto para a realização das provas.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pelo exame, recomenda que todos os candidatos compareçam ao local de realização das provas até as 12h (de Brasília). Participantes guardadores de sábado serão acomodados em salas e aguardarão até as 19h para iniciarem as provas no primeiro dia.
Fonte: Terra 

MODA: Modelo africana é destaque no Brasil


Benazira Djoco não pára, a modelo africana foi clicada pelo fotógrafo  Germano Felipe para o editorial da próxima edição da revista eletrônica Damoda. Nas fotos ela apresenta as  peças de Beth Paz acessórios. O resultado do trabalho  é destaque na página da modelo no facebook. 


Sobre o ensaio  Benazira acrescenta: "Nada melhor do que fazer o que gostamos e quando se faz  com amor tudo fica maravilhoso eu adoro os meus trabalhos e faço com muito gosto", diz. 

     A modelo disse ainda  que ficou  emocionada ao ver as fotos por se tratar de  um trabalho muito difícil." O nú artístico não é um trabalho fácil, é preciso ter um corpo bonito estar preparada além de ser flexível e delicada. Tem que saber vender o produto, a técnica é uma das pontes mais importantes mas deve ser dominada para que se comunique ao que se vê", enfatizou.
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   O editorial foi feito em João Pessoa (PB)e teve Romero Sousa na direção e  make de Mariana Mendonça .
  
Os interessados em conhecer mais sobre o trabalho da modelo e atriz Benazira Djoco o  telefone é 031.8842-8840 ou 99340499
E-mail: bendjoco20@hotmail.com  
A revista Damoda estará disponível no endereço eletrônico www.joaopessoa.pb.gov.br/estacaodamoda.

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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

BELEZA: Make para negras: Experts em beauté ensinam truques para acertar na maquiagem

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Veja dicas para realçar ainda mais a sua beleza e fique de olho nos principais erros de cores e efeitos
Por Patty Ventura
Mulheres negras tem uma pele incrivelmente linda e iluminada por natureza. E na hora de fazer o make - seja para o dia ou para a noite - elas tem mil e uma vantagens para realçar e destacar ainda mais a sua beleza. Contigo! Online conversou com dois experts quando o assunto é maquiagem e descobriu dicas e truques que irão te ajudar muito!
Kaká Moraes, MG Hair Studio - São Paulo
Pele
"Negras tem uma grande vantagem porque geralmente a pele é muito boa. Tem um brilho natural e é sedosa, viçosa. Elas não precisam se preocupar com olheiras e nem marcas de espinhas. A única desvantagem é que o maquiador pode errar no tom da base, por exemplo. Na hora de fazer os contornos no rosto para afinar, por exemplo, toma cuidado para não escurecer demais a região e pesar o make. Ou deixá-lo acinzentado, o que acontece muito. Não esqueça de maquiar levemente o seu pescoço para não dar diferença na cor do rosto".
"Iluminar a pele é uma boa pedida e um truque ótimo para peles negras e morenas. Mas a cor nunca pode ser um tom mais escuro. Pontos de destaque: queixo, meio do nariz, maça do rosto, área abaixo dos olhos e acima do maxilar. Se a maquiagem estiver bem feita, nem é preciso escurecer as outras áreas do rosto".
Cores de sombras
"Elas podem aproveitar do colorido. Tudo com muito bom gosto, claro. Prefira apostar em uma cor só e variar os tons. Por exemplo, aplique um tom de laranja mais forte e faça um degrade com outros mais claros. Fica lindo"
"Tons de azul, verde e vinho também combinam com a pele negra. É claro que é preciso ter noção e não misturar todas as cores no mesmo make. Laranja e azul, por exemplo, está proibido [risos]. Delineadores coloridos também são uma boa pedida. Deixa o look moderno e super bonito"
"Os metalizados só funcionam se tiver um fundo de cor ou se for esfumado com o preto e marrom. Fuja dos cintilantes porque o contraste fica muito evidente e não é legal. A cor precisa incorporar no tom da pele. Eu, particularmente, não acho legal os tons clarinhos como o rosa pastel, bege e branco, por exemplo. Pode pecar na maquiagem e parecer carnaval.
Batom
"Cuidado com os tons claros como rosinha e lilás. As negras devem apostar nos vermelhos e vinhos. Se preferir passar gloss, ok. Mas não exagere. Algumas morenas e negras tem os lábios com tonalidades diferentes, portanto, antes de passar o batom, use um lápis de boca para contornar e igualar a cor"
Pele
"Mulheres negras podem ter peles com base de pigmentação puxado para o amarelo, vermelho, azul ou até mesmo uma mistura destas conotações. Por isso é muito importante determinar qual é o seu tom de pele. Caso contrário, certas bases e pós farão seus olhos e bochechas parecerem farináceo e acinzentado. Na hora de escolher uma base, prefira uma cor que corresponde com a maior parte do seu rosto. Se você deseja ajustar qualquer descoloração em seu rosto, use primeiramente um corretivo no tom médio (entre a cor da sua pele e um tom mais escuro), distribua somente nas áreas que contenham as imperfeições que deseja atenuar. Ele dará uniformidade à pele"
"Evite usar bases de textura pesada pois a pele negra tende a ser lubrificada naturalmente. Para iluminar o rosto, use um pó bronzeador puro, cor de ouro. Usando um pincel grande de blush, ponha-o sobre as maçãs de seu rosto, ao longo da testa e queixo para criar um suave brilho dourado"
Sombras
“Para um olhar fresco, natural de dia eu sugiro usar tons quentes cintilante em areia dourada, ouro, bronze e chocolate. Você pode até usá-lo nas maçãs do rosto como um iluminador. Certifique-se de evitar tons pastel e pálidos ao redor dos olhos"
"As negras não devem ter medo de cor! A chave é fazer a sua maquiagem toda em tons neutros e apostar no azul néon, verde, amarelo, roxo ou laranja nos olhos. A cor chamativa realmente é o novo preto!. Não esqueça de aplicar muito rímel para alongar os cílios e dar volume. Aposte em delineadores metalizados, inclusive o preto."
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Batom

"Eu sugiro  um brilho puro com um toque sutil de uma tonalidade. Para o dia, use cores pêssego alaranjados, corais, caramelos e tons berry pura"
Sobrancelha
"Quando aparar as sobrancelhas, use um lápis ou um pó em marrom escuro. Mulheres de peles negras muitas vezes escolhem o lápis preto para combinar com sua cor de cabelo. Porém, sobre as sobrancelhas, isso pode olhar demasiado pesado, pois na hora de criar sombra natural nos pêlos o lápis preto faz paracer mais profundo."
 Fonte: Contigo 
 

Enem pós-Lei de Cotas tem 54% de negros e indígenas


Na primeira edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) após a aprovação da Lei de Cotas, 54% dos inscritos são pretos, pardos e indígenas. Essa proporção é muito próxima à da população brasileira em geral, que é de 51%. A cor da pele é um dos critérios previstos na nova lei.
O Enem ocorre no próximo fim de semana, dias 3 e 4, com 5.791.290 inscritos. Trata-se da maior edição do exame, que nasceu como avaliação da última etapa da educação básica e se tornou vestibular em 2009. Atualmente, a nota do exame é o caminho de ingresso para quase todas as universidades e institutos federais.
Entre os 5,7 milhões de inscritos, 1,5 milhão terminou este ano o ensino médio. Desse grupo específico, 80% (mais de 1,2 milhão) vêm da escola pública e poderão se beneficiar da reserva de vagas que a lei garante.
Em 2013, 12,5% das vagas nas federais deverão ser ocupadas por alunos da rede pública. Em quatro anos, a taxa deve chegar a 50%. As universidades ainda precisam respeitar critérios econômicos (com reserva para candidatos com renda familiar de 1,5 salário mínimo per capita) e raciais para a distribuição das vagas - no caso racial, terá de seguir a proporção da população por Estado. 
FONTE: O Estado de S.Paulo.

RACISMO NO ESPORTE: Gullit: ' O racismo aumentou no futebol europeu'

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Por Pedro Venancio
Ex-jogador da seleção holandesa, Ruud Gullit declarou neste domingo que o cartão vermelho para Danny Rose na partida entre Inglaterra e Sérvia pelas eliminatórias para Euro sub-21 foi injusto. Gullit, que também é negro, atribuiu o fato do jogador ter chutado a bola motivado pelos insultos racistas que sofria naquele momento.
"Infelizmente, barulhos de macaco são comuns em certos países da Europa. É um câncer que está crescendo cada vez mais sob as pressões econômicas do momento", disse Gullit, que cobrou uma postura forte da Uefa sobre o caso.
"Eles não podem mais cruzar os braços. Gostaria de saber o que a Uefa fará com os sérvios. Antes da Euro 2012, diziam que iriam punir severamente atos racistas, mas parece que isso foi deixado de lado pela entidade".
 Fonte: Trivela

RACISMO NO ESPORTE: Árbitro de clássico é acusado de racismo por jogadores do Chelsea

O árbitro Mark Clattenburg (Gerry Penny - 28.out.12/Efe)O árbitro Mark Clattenburg foi acusado de racismo por ter insultado o meio-campista do Chelsea, Obi Mikel, durante a derrota do time de Londres para o Manchester United, por 3 a 2, neste domingo, no estádio Stamford Bridge.  O Chelsea apresentou à Premier League uma acusação contra o comportamento de Clattenburg, após Mikel ter se dirigido ao vestiário dos árbitros para exigir um pedido de desculpas, o que não foi feito.


Segundo a versão do Chelsea, Mikel foi xingado com insultos racistas aos 31min do segundo tempo, quando recebeu um cartão amarelo. Outro jogador, o atacante espanhol Fernando Torres, também afirma que foi ofendido por Clattenburg.
A Federação Inglesa e a Premier League irão pedir as imagens das 20 câmeras de TV que a emissora Sky utilizou para mostrar a partida.
Escutas das conversas entre o árbitro e seus auxiliares, Michael McDonough e Simon Long, e com o quarto árbitro, Michael Jones, também serão cruciais para elucidar o caso.

FONTE: FOLHA

GENERO: Halterofilismo feminino é motivo de orgulho em Emirados Árabes Unidos

NYT
Em um ginásio particular escondido no labirinto de casas do distrito de Jumeirah em Dubai, Amna Al Haddad, de 22 anos de idade, ajeitou o lenço em sua cabeça, inclinou-se e começou a levantar um peso de 45 quilos, quase seu peso corporal.
"Eu consigo levantar um menino", disse.
NYT
Amna Al Haddad sofre preconceito por competir em um "esporte de homem"
Al Haddad é uma das 12 mulheres que treinam como halterofilistas profissionais nos Emirados Árabes Unidos, e luta contra o estigma deste que é considerado um "esporte para homens", em um país árabe, cuja tradição da população local - apesar da presença de biquínis estrangeiros já terem invadido o país há décadas – é muçulmana conservadora.
O halterofilismo é muitas vezes confundido com o fisiculturismo nos Emirados Árabes, e as mulheres que participam são muitas vezes vistas como masculinas demais ou lésbicas, o quê é um crime nos Emirados Árabes Unidos.
Halterofilistas mulheres foram avisadas de que o esporte irá torná-las pouco atraentes para seus pretendentes masculinos. E o casamento ainda é considerado o evento mais importante na vida de uma jovem mulher dos Emirados.
"Muitas mulheres dizem: 'Nossa, olha seu corpo", comentou Al Haddad. "Elas me perguntam como ficar magra, e quando eu digo que é através do levantamento de peso, elas ficam com medo. Mas estamos no século 21. Eu não quero me casar até eu conseguir participar dos Jogos Olímpicos."
O halterofilismo é o único esporte que possui uma equipe de mulheres das seis nações do Conselho de Cooperação do Golfo, que inclui a Arábia Saudita, Kuwait, Omã, Catar, Bahrein e Emirados Árabes Unidos.
Os Emirados Árabes Unidos permitiram que as mulheres pudessem praticar o halterofilismo a partir de 2000. Em 2008, separaram as federações do fisiculturismo e do halterofilismo, diminuindo a aparência não feminina ligada ao fisiculturismo em comparação ao halterofilismo.
Com o apoio do Conselho de Esportes de Dubai, a federação colocou ênfase no esporte, ao focar no recrutamento de atletas que não iriam tender ao fisiculturismo.
Em 2009, contrataram um novo treinador, Najwan El Zawawi, um egípcio que competiu por seu país de origem nos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000.
No ano passado, a Federação Internacional de Levantamento de Peso suspendeu a proibição do véu durante a competição, abrindo as portas do esporte para atletas muçulmanos.
Em abril, os Emirados Árabes Unidos, enviou uma equipe para o Campeonato Asiático de Halterofilismo em Pyeongtaek, Coreia do Sul, tornado essa a primeira vez que a equipe participou de uma competição internacional.
O desempenho do grupo foi bom o suficiente para garantir a Khadija Mohammed uma vaga para as Olimpíadas de Londres, efetivamente colocando os Emirados no mapa mundial do esporte.
Mas o programa ainda está mal financiado, e o estigma contra as atletas do sexo feminino é enorme.
"Nossos recursos são menores do que outros países com uma cultura de atleta femininas, como o Cazaquistão", disse Faisal al-Hammadi, o secretário-geral da Federação de Halterofilismo dos Emirados Árabes Unidos.
Ele espera que os recém finalizados Jogos Olímpicos mudem as coisas, como em 2005, quando Dubai sediou o Campeonato Asiático de Halterofilismo. Foi a primeira vez que a maioria das mulheres dos Emirados ficaram sabendo sobre o esporte.
"Depois disso, elas perceberam que era um esporte do qual elas poderiam participar ", disse ele."Amigas e irmãs entraram para a equipe."
"Pessoas como nós, quando vêem alguém como elas praticando o esporte, se identificam imediatamente." Elas percebem que "você ainda pode amar e respeitar suas crenças", e ao mesmo tempo ser um atleta.
As esperanças são altas de que a equipe feminina irá eventualmente chegar na altura da equipe masculina, que treinam no ginásio Dubai Al Shabab Al Arabi Club e possuem mais de 35 praticantes.
Em um treino recentemente, Al Haddad, na companhia de um instrutor masculino, vestia uma lycra com shorts e uma camiseta de manga curta que dizia "A Fera" em negrito, uma concessão à tradição.
O suor escorrendo pelo seu rosto, ela bebeu um suplemento de aminoácido e disse que se livrou da dor – e dos comentários negativos – ao pensar em quatro coisas: ". Foco, respiração, alongamento e Olimpíadas"
Por Karen Leigh

FONTE:IG